quinta-feira, 11 de agosto de 2022

desculpa de fuga



 
  • Tema de hoje
  • Com quem eu falo sério? 


  • É muito fácil falar demais, ou de menos, quando estamos abalados ou reagindo a situações extremas. Diante 
  • disso:
  • • Eu deveria pensar mais antes de falar, para falar o que realmente quero e me comprometo em fazer?

  • • Eu deveria falar mais depois de fazer algo que precisaria compartilhar com minha família e as pessoas 
  • que se importam comigo?

  • • Quais são as minhas fugas, hábitos ou desculpas para não falar sério e de forma transparente quando 
  • deveria assim o fazer?
  • Quem nunca marcou alguma coisa com os amigos ou confirmou um evento, mas, no dia, achou que ficar em casa era uma ideia muito melhor? Afinal, para sair, você precisa levantar do sofá, lavar o cabelo, secar, se maquiar, escolher uma roupa, se trocar, arrumar a bolsa… Dá preguiça só de pensar! Isso sem falar que, depois, você ainda tem que encontrar pessoas, cumprimentar todo mundo, ficar em ambientes barulhentos, socializar… 


    Tudo isso quando, na verdade, tudo o que você queria era ficar no seu quarto comendo besteira e vendo série. Ou dormindo mesmo. E não é que você não goste dos seus amigos, mas todo mundo tem aquele dia (ok, aqueles vááários dias) em que a vontade de sair apenas some. Fazer o quê? Mas aí, ao invés de simplesmente ligar para eles e dizer “não vou” e pronto, você se sente mal e pensa numa desculpa para não ficar chato. Vamos às mais famosas:

    A culpa é da saúde (ou a falta dela, no caso):
    1. “Estou morrendo de dor de cabeça.”
    Essa já é tão batida que provavelmente as pessoas não acreditam mais, mas tudo bem. Ainda vale!

    2. “Tô ficando resfriada, não quero passar para vocês.”
    Assim você ainda se sai bem por mostrar que se preocupa com a saúde dos amiguinhos. hehe
     
    3. “Comi alguma coisa que não caiu legal. Estou passando mal.”
    “Ah, miga. Meu estômago está doendo e estou enjoada”. AHAM.
     
    A culpa é de outra pessoa:
    4. “Minha mãe não deixou eu ir.”
    E você ainda faz sua mãe ser cúmplice e confirmar que não deixou você ir mesmo. 
     
    5. “Putz, eu tinha esquecido que era aniversário da minha tia!”
    “Aí eu tenho que ir jantar na casa dela”. 
     
    6. “Minha mãe está me pedindo ajuda para fazer uns negócios aqui em casa.”
    Na verdade sua mãe nem está em casa, mas tudo bem. Finge que ela te pediu para arrumar a casa.
     
    7. “Minha mãe vai sair e não posso deixar meu irmão sozinho.”

     

    A culpa é dos estudos:
    8. “Tenho várias provas na semana que vem e preciso estudar.”

    9. “Lembrei agora que preciso terminar um trabalho para entregar.”
    Ele já está pronto, mas ninguém precisa saber.
     

    A culpa é de um motivo de força maior:
    10. “Ai, eu estou muito sem dinheiro. Não posso ficar gastando.”

    11. “Não tenho como ir e não quero gastar com táxi.”

     
    12. “Aconteceu um imprevisto e não vou conseguir ir
  • E agora uma pergunta central:

  • • Com quem eu falo sério? 

  • Com quem eu jogo limpo (falo a verdade mesmo)? Por quê?

  • Observação: Muitas vezes falamos só nossa verdade interior, ou mesmo os fatos exteriores mais relevantes, 
  • com as pessoas que menos nos ajudarão de verdade. 

  • Um dependente pode falar a verdade (jogar limpo) com 
  • o traficante ou com companheiros de uso. Por que ele não fala sério com sua família, com o pastor ou com 
  • uma pessoa que realmente possa conduzi-lo no processo de melhora?

  •  Os codependentes podem falar a 
  • verdade (ou jogar limpo mesmo falando da sua vergonha, medo e culpa) apenas com outras pessoas que não 
  • as sabem aconselhar ou estão com o mesmo sentimento delas, e não com pessoas que possam ajudá-los a 
  • mudar esses sentimentos de aceitação e sujeição ao problema. 

  • • Essa pessoa, com quem eu sou transparente, me faz bem ou só me ajuda a afundar mais na 
  • dependência ou codependência?

  • • Que tipo de pessoa me faz falar sério (me faz juntar palavra e ação e me sentir responsável por ambas)
  • e me ajudaria a superar o meu problema? 

  • Como eu poderia aproveitar melhor esse contato?

  • • O que, que situação, me faria falar sério e mudar minha postura diante da vida?

  • • De que forma eu poderia mudar o relacionamento com o dependente ou com minha família para ser 
  • mais transparente e confiável?

  • • Quem eu admiro e gostaria de espelhar na forma como prioriza a integridade, tanto na fala quanto 
  • nas ações?

  • Algumas recomendações práticas para serem consideradas: 

  • 1. Não é preciso falar tudo, nem tudo de uma vez, mas o que você for falar deve ser verdade e praticado 
  • cada vez mais até se tornar um hábito e valor em nossas vidas. 

  • 2. Só falar o que você irá se comprometer em fazer mesmo. Cumprir o que foi prometido mesmo que 
  • seja algo simples e sem muita importância para promover o hábito e valor de cumprir com o que foi 
  • prometido. 

  • 3. Só fazer o que foi acordado antes com as pessoas que amo. Começar mesmo que com coisas 
  • pequenas, como saídas para outros lugares e horários de retorno.
  •  
  • 4. Tratar a compulsão falando a verdade sobre ela na minha vida, e a possibilidade de superá-la.

  • Observar como outros que estão mais adiantados na caminhada da recuperação e aprender com o 
  • exemplo positivo deles. 

  • 5. Aproveitar as oportunidades de confiança para treinar falar a verdade e a transparência.

  •  Estar disposto 
  • para aconselhamentos e conversas verdadeiras. Inclusive, confessar pequenas tentativas ou ações de 
  • manipulação, mesmo as não percebidas por outras pessoas ou não consideradas de grande 
  • importância.

  • 6. Aproveitar a prática da espiritualidade - oração, cultos e leitura da Bíblia - para se beneficiar com o 
  • aprendizado da verdade, transparência e humildade, juntamente com ações de benevolência ao 
  • próximo.

  • Texto bíblico
  • “Meditarei nos teus preceitos e darei atenção às tuas veredas” (Salmos 119.15).
  • “Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha 
  • e meu Resgatador!” (Salmos 19.14).
  • “...pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele”
  • (Filipenses 2.13).

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