[1/8 19:27] Joaquim Almeida: _______________________________________________________________________________________________
Material de Auxílio Quinzenal nº 464
Com quem eu falo sério?
Palavras-chave
Fala e ação. Transparência. Integridade.
Objetivo
Refletir sobre a harmonia, ou a falta dela, entre a fala e a prática na vida pessoal. Elencar as pessoas e
situações que promovem a transparência pessoal de forma positiva. Motivar o aumento da transparência entre
familiares e dependentes. Informar ações práticas que possam ajudar na integridade entre fala e ação.
Material
➢ Este roteiro com as perguntas arroladas.
Roteiro
A proposta deste Auxílio é ajudar na reflexão sobre a comunicação do dependente e de seus
familiares, codependentes
Uma das coisas mais afetadas pela dependência e codependência é a integridade entre a fala e a
ação da pessoa. A negação, manipulação, desculpas e mentiras para manter o estado em que se está
promovem esta separação e diferenciação.
Quanto mais a pessoa é acometida da dependência e
codependência, mais ela estará sujeita a não fazer o que faz, ou a não ser sincera com as outras pessoas e até
nem consigo mesma.
Algumas vezes a pessoa se entristece ao perceber que violou antigos valores pessoais
neste processo.
Mas isto acontece porque trata-se de um processo que leva anos para se instalar e se ampliar.
Nos vórtices da tempestade que acomete a família com um caso de dependência é difícil parar e refletir sobre
o que está acontecendo.
Só se reage em desespero.
O grupo de apoio é a oportunidade de acalmar o coração
e poder retomar o comando das nossas vidas.
Sempre, é claro, com a ajuda de Deus.
Lembrando também que qualquer situação na qual haja essa diferença entre o falar e o agir é uma
situação de gatilho para a recaída.
Perguntas para estimular a reflexão e o diálogo:
Primeiro duas perguntas para análise pessoal:
1. Eu falo mais do que faço?
2. Eu faço e não falo do que faço?
[1/8 19:28] Joaquim Almeida: ___________________________________
É muito fácil falar demais, ou de menos, quando estamos abalados ou reagindo a situações extremas. Diante
disso:
• Eu deveria pensar mais antes de falar, para falar o que realmente quero e me comprometo em fazer?
• Eu deveria falar mais depois de fazer algo que precisaria compartilhar com minha família e as pessoas
que se importam comigo?
• Quais são as minhas fugas, hábitos ou desculpas para não falar sério e de forma transparente quando
deveria assim o fazer?
E agora uma pergunta central:
• Com quem eu falo sério?
Com quem eu jogo limpo (falo a verdade mesmo)? Por quê?
Observação: Muitas vezes falamos só nossa verdade interior, ou mesmo os fatos exteriores mais relevantes,
com as pessoas que menos nos ajudarão de verdade.
Um dependente pode falar a verdade (jogar limpo) com
o traficante ou com companheiros de uso. Por que ele não fala sério com sua família, com o pastor ou com
uma pessoa que realmente possa conduzi-lo no processo de melhora?
Os codependentes podem falar a
verdade (ou jogar limpo mesmo falando da sua vergonha, medo e culpa) apenas com outras pessoas que não
as sabem aconselhar ou estão com o mesmo sentimento delas, e não com pessoas que possam ajudá-los a
mudar esses sentimentos de aceitação e sujeição ao problema.
• Essa pessoa, com quem eu sou transparente, me faz bem ou só me ajuda a afundar mais na
dependência ou codependência?
• Que tipo de pessoa me faz falar sério (me faz juntar palavra e ação e me sentir responsável por ambas)
e me ajudaria a superar o meu problema?
Como eu poderia aproveitar melhor esse contato?
• O que, que situação, me faria falar sério e mudar minha postura diante da vida?
• De que forma eu poderia mudar o relacionamento com o dependente ou com minha família para ser
mais transparente e confiável?
• Quem eu admiro e gostaria de espelhar na forma como prioriza a integridade, tanto na fala quanto
nas ações?
Algumas recomendações práticas para serem consideradas:
1. Não é preciso falar tudo, nem tudo de uma vez, mas o que você for falar deve ser verdade e praticado
cada vez mais até se tornar um hábito e valor em nossas vidas.
2. Só falar o que você irá se comprometer em fazer mesmo. Cumprir o que foi prometido mesmo que
seja algo simples e sem muita importância para promover o hábito e valor de cumprir com o que foi
prometido.
3. Só fazer o que foi acordado antes com as pessoas que amo. Começar mesmo que com coisas
pequenas, como saídas para outros lugares e horários de retorno.
4. Tratar a compulsão falando a verdade sobre ela na minha vida, e a possibilidade de superá-la.
Observar como outros que estão mais adiantados na caminhada da recuperação e aprender com o
exemplo positivo deles.
5. Aproveitar as oportunidades de confiança para treinar falar a verdade e a transparência.
Estar disposto
para aconselhamentos e conversas verdadeiras. Inclusive, confessar pequenas tentativas ou ações de
manipulação, mesmo as não percebidas por outras pessoas ou não consideradas de grande
importância.
6. Aproveitar a prática da espiritualidade - oração, cultos e leitura da Bíblia - para se beneficiar com o
aprendizado da verdade, transparência e humildade, juntamente com ações de benevolência ao
próximo.
Texto bíblico
“Meditarei nos teus preceitos e darei atenção às tuas veredas” (Salmos 119.15).
“Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha
e meu Resgatador!” (Salmos 19.14).
“...pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele”
(Filipenses 2.13).
Nenhum comentário:
Postar um comentário