Falando de mim...
Palavras-chave
Falar. Compartilhar. Refletir.
Objetivo
Proporcionar aos participantes, por meio de uma dinâmica, um momento para que possam falar sobre
alguns aspectos ou acontecimentos importantes da sua vida.
Material
➢ Confeites de chocolate coloridos ou balas de goma com diversas cores - a
quantidade irá variar conforme sua média de participantes. Talvez dois pacotes
médios sejam o suficiente.
➢ Uma vasilha para colocar os doces
Roteiro
Os Grupos de Apoio da Cruz Azul possuem seis regras para nortear os encontros. A primeira regra
do grupo é: “Ninguém é obrigado a falar”. Cada participante do grupo é convidado a se sentir confortável
para compartilhar – ou não – dos motivos que o trouxeram até o grupo. Porém, fato é que uma das belezas
do Grupo de Apoio consiste no momento do compartilhar e das conversas entre os participantes, estimuladas
pelas reflexões e temas intermediados pelos facilitadores.
Muitos, ao iniciarem a participação no grupo, podem se sentir constrangidos, envergonhados,
intimidados a falar sobre suas experiências. Pode ser também que a pessoa ainda não tenha compreendido a
importância da ferramenta do compartilhar, que é um dos fundamentos da mútua-ajuda. O ato de falar o que
estamos sentindo também nos ajuda a ficarmos mais saudáveis. Isso mesmo, aprender a habilidade de
comunicar os sentimentos pode nos fortalecer emocionalmente, além de auxiliar-nos a impor limites quando
necessário e ajudar nas nossas relações pessoais. Falar sobre nós mesmos pode nos ajudar a aliviar os pesos
que carregamos dentro de nós. Mas como fazer isso? Algo dinâmico e criativo pode nos ajudar nesse sentido.
Nossa proposta neste auxílio para estimular o compartilhar será bem doce. Siga o passo a passo:
1- Coloque os confeites coloridos dentro da vasilha.
2- Passe a vasilha pelo círculo e peça para os participantes comê-los na quantidade que
quiserem. Porém eles devem deixar um doce na mão. Como sugestão, entregue a cada participante um
guardanapo.
3 - Faça as perguntas para o grupo conforme as cores dos doces que ficaram na mão.
Todos que estiverem com aquela determinada cor deverão responder, sem esquecermo-nos
de seguir a nossa primeira regra – Ninguém é obrigado a falar.
Pode ser que os doces que você utilizar não terão as mesmas cores descritas na dinâmica. Portanto, adapte as
perguntas conforme as cores dos doces que você tiver comprado.
A ideia é que este encontro seja um momento bem descontraído, tranquilo, e que os participantes se
sintam bem à vontade para responder.
➢ Laranja: Se a sua vida fosse uma mochila, o que você poderia descarregar para que ela ficasse mais
leve?
➢ Amarelo: esta é a cor da atenção, do cuidado e da precaução. O que você acha que não parece grave,
mas pode trazer consequências mais sérias no futuro? O que seria precaução, atenção para um
dependente químico? O que seria um alerta ou um cuidado para um familiar de dependente químico?
➢ Verde: Quais foram os momentos da sua vida em que você mais se sentiu perdido(a)? Liste os
motivos pelos quais você conseguiu sair. Quais estratégias você usou? Quem lhe ajudou?
➢ Roxo: Qual é o passo mais curto/certo que você pode dar em direção ao seu sonho?
➢ Azul: A dependência química é uma experiência tão dura que, em quase todas as vezes, ela acaba
com a tranquilidade e a confiança. A pergunta de cor azul é: já foi possível recuperar alguma
confiança em você mesmo(a) ou até mesmo das outras pessoas?
➢ Rosa: Quem você gostaria de abraçar hoje? Onde está esta pessoa? O que diria para ela hoje?
Para fazer um fechamento do encontro, converse com os participantes sobre a importância de
falarmos dos nossos sentimentos e de refletirmos sobre os diferentes acontecimentos que a vida nos
proporciona. Embora de formas diferentes, todos nós já tivemos experiências parecidas, que nos
acompanham ao longo da nossa história. Muitas destas experiências carregamos conosco como uma boa
lembrança. Outras, carregamos mesmo que de forma inconsciente. Nos marcam profundamente e em algum
momento é de grande importância termos um encontro conosco mesmo, refletindo sobre como estas
experiências passadas têm influenciado o meu presente, e como posso ressignificá-las para poder caminhar
adiante.
Conclusão:
O passado pode nos servir como uma referência, mas são as escolhas que fazemos hoje que podem definir o
nosso futuro. Ficar preso ao passado pode nos paralisar e impedir de viver novos e bons momentos. Nesse
processo, é de suma importância que temos boas pessoas ao nosso redor, dispostas a nos apoiar, nos ouvir e
caminhar conosco. E o Grupo de Apoio tem o grande potencial de ser essa ferramenta terapêutica que me
impulsiona a compartilhar minhas vivências e aprender com elas.
Texto bíblico
“Portanto confessem os seus pecados uns aos outros, e façam orações uns pelos outros, para que vocês
sejam curados". Tiago 5.16
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