sexta-feira, 23 de abril de 2021

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[23/4 20:48] Joaquim Almeida: Material de Auxílio Quinzenal nº 438
Conversando a respeito

Palavras-chave

Compartilhar, terapêutico, amor, acolhimento, doenças psicossomáticas

Objetivo

Compartilhar de forma teórica e prática a importância da 1ª regra de Grupos de Apoio Cruz Azul: “Ninguém é obrigado a falar”.

Material
Este roteiro
Manual de Grupo de Apoio
Cartolina
Canetão Azul
Anexo (imagem)

Roteiro

Comece mostrando a figura que segue em anexo, identificando e comentando a importância da 1ª regra do grupo de apoio, para com o grupo, e em nossa vida.
O facilitador poderá ler em voz alta o parágrafo a seguir, que se encontra no livro Manual de Grupos de Apoio, bem como no site da Cruz Azul no Brasil, no “menu” área de Grupos de Apoio, que fala das principais características do grupo:
“Os Grupos de Apoio Mútua Ajuda Cruz Azul têm como características principais o diálogo franco, a troca de experiências e a integração entre os pares, de pessoas dependentes de álcool e outras drogas, seus familiares e amigos. A AJUDA MÚTUA É O PRINCIPIO BÁSICO, A ABSTINÊNCIA É O ALVO, E A FÉ EM JESUS É O ALICERCE SOBRE O QUAL SE CONSTROEM AS AÇÕES DOS GRUPOS.
O Grupo de Apoio é um grupo de mútua ajuda, pois as experiências de vida compartilhadas entre os pares fortalecem um ao outro na caminhada da abstinência das drogas”.
É um grupo de mútua ajuda amparado. Quer dizer, no Grupo de Apoio um ajuda o outro, mas todos recebem a ajuda de quem pode trazer realmente novidade de vida, Jesus Cristo. ‘Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo’ (2 Coríntios 5.17).”
Desta forma, promoveremos a socialização deste tema importante e relevante, praticando-o no convívio entre os participantes a cada reunião.
Em seguida, o facilitador pegará a cartolina e o canetão, pedirá a ajuda de um voluntário para escrever. Pergunte ao grupo quem se lembra da 1ª regra. Caso alguém se lembre, deixe-o falar, caso haja silêncio no grupo, o facilitador pode ajudar, talvez dizendo as primeiras palavras da regra número um.
“NINGUÉM É OBRIGADO A FALAR”, esta é a parte escrita, que todos conseguem ver e ler, porém existe a segunda parte desta regra que não se encontra escrita, que é importantíssima, que todos os participantes deveriam tomar conhecimento.
“MAIS É IMPORTANTE QUE TODOS FALEM”, pois quando falamos a “A DOENÇA SAI PELA BOCA, E O REMÉDIO ENTRA PELOS OUVIDOS”, conforme encontramos no figura.
Neste momento o facilitador pede para o voluntário escrever a regra, juntamente com a segunda parte que está na imagem compartilhada. Agora, uma vez escrito, pode fixar o cartaz, para que todos possam ver e ler.
Desta forma, todos conheceram a segunda parte deta regra. O facilitador neste momento poderá usar um tempo para incentivar e sugerir que todos os participantes do grupo falem e coloquem para fora os sentimentos ruins, as lutas, as dores, os traumas, e também suas vitórias.
Este é o momento de motivarmos as pessoas a falarem. Talvez aquela pessoa que é somente ouvinte vai criar coragem para compartilhar e falar das suas dores, tratando da sua doença psicossomática.
Existem vários fatores que contribuem para o desenvolvimento da dependência química, e também da codependência. Uma das causas, se assim podemos dizer, são as doenças psicossomáticas. As doenças psicossomáticas são desordens emocionais ou psiquiátricas que afetam também o funcionamento dos órgãos do corpo. Esses desajustes provocam múltiplas queixas físicas, e que podem surgir em diferentes partes do corpo.
O surgimento dessas doenças revelam certa complexidade, pois elas podem desencadear dores generalizadas, diarreia ou constipação, tremores das extremidades, manchas na pele e falta de ar.
Entretanto, esses sintomas não podem ser explicados por nenhuma alteração orgânica, já que nos exames de confirmação diagnóstica, não aparece nenhuma doença que cause esses sinais.
As doenças psicossomáticas estão relacionadas ao controle das emoções, sentimentos e ao modo de pensar. As emoções incontroladas e os pensamentos negativos desencadeiam desequilíbrios mentais que, consequentemente, sobrecarregam as funções orgânicas e atrapalham o funcionamento do corpo.
Isso ocorre por diversas questões, especialmente àquelas ligadas a experiências ruins e traumas não superados. O estresse gerado por essas emoções negativas afetam a capacidade de coordenação cerebral, o que impede a liberação das substâncias importantes para ao necessário ajuste da fisiologia do organismo.
A somatização desses fatores — de ordem emocional e física — resulta em um ciclo vicioso que se manifesta por meio de dores e de múltiplas doenças físicas. Se não adequadamente tratados, essas complicações podem evoluir gradativamente e comprometer a saúde do indivíduo de forma cada vez mais intensa.
Aqui segue algumas questões que podem gerar o desequilíbrio emocional. Muitos deles são considerados como gatilhos para o desenvolvimento das doenças psicossomáticas. 
Traumas de infância - Muitas questões ou experiências negativas da infância ficam guardadas no subconsciente e vão se manifestar somente na idade adulta. Por isso, os pais, professores e responsáveis pela educação das crianças precisam ter o máximo cuidado com o modo como se expressam ou se comportam diante dos pequenos.
Depressão crônica - Problemas depressivos não tratados e que se prolongam por muito tempo influenciam bastante o surgimento das doenças psicossomáticas. A maioria está associada ao isolamento familiar ou social, doenças incuráveis ou a desordens mentais graves.
Mudança nos padrões de relacionamento - Na vida contemporânea, as crescentes mudanças nos padrões de relacionamento afetam bastante o estilo de vida das pessoas. Entretanto, nem todas estão preparadas para essas transformações — sobretudo as que resultam das inovações tecnológicas — já que o contato físico e visual, hoje, restringe-se aos ambientes meramente virtuais.
Questões profissionais - A não realização profissional, o desemprego ou a frustração por não alcançar um patamar na hierarquia de uma corporação podem gerar graves conflitos internos.
Perdas financeiras - Uma das causas das doenças psicossomáticas são as questões financeiras. Indivíduos que não conseguem superar perdas e que resguardam mágoas, dores ou traumas por muito tempo compõem o grupo de risco para o desenvolvimento desses transtornos.
Luto - Ainda que a morte seja parte integrante — e inevitável — do ciclo da vida, os seres humanos não estão preparados para perder seus entes queridos. Assim, muitas doenças psicossomáticas resultam da tristeza em decorrência da perda de alguém amado.
Isso demonstra a importância do grupo de apoio mútua ajuda, amparada na palavra de Deus. Pois muitas pessoas não conseguem lutar com estas situações citadas à cima, e irão precisar do grupo de apoio, e das pessoas que a constituem, com certeza da ajuda de Deus, pois existe lugares que somente Deus pode entrar, e realizar a cura.
Tratamos o corpo com remédio, a alma tratamos com a psicologia e psiquiatria, o espírito (âmago), este não alcançamos, somente Deus pode alcançar e tratar esta área da vida. “Precisamos da ação de Deus através da sua palavra, pois só ela alcança lá no âmago”. Hebreus 4: 12 e 13. 
Aqui segue algumas complicações resultantes das doenças psicossómaticas não tratadas: Alcoolismo; desajustes conjugais ou familiares; abuso de drogas; troca constante de emprego ou desemprego; estado de saúde ruim; crises depressivas; rismo maior em suicídio entre outras.

PERGUNTAS PARA ABRIR O DIÁLOGO E A TROCA DE EXPERIÊNCIAS

Quem se identifica com o que foi falado hoje nesta reunião?
Você gostaria de compartilhar um pouco da sua história de vida?
Você identificou se alguém na sua família, ou você, já desenvolveu alguma doença psicossomática?
Alguém aqui está enfrentando e conseguindo vencer alguma doença psicossomática?
O Grupo de Apoio e Mútua Ajuda tem contribuído com você e sua família nesta? Compartilhe.



Texto bíblico

“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Eclesiastes 4.9-12).

Referências

Manual de Grupos de Apoio Cruz Azul / Maria Roseli Rossi Avila, Edel Rosane Ristow, Sirlene Andrade Zerminiani – 1.ed. – Blumenau: Cruz Azul no Brasil, 2016.

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