sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

medo


Medo 
Palavras-chave
Medo. Superação. Sentimento. Defensiva. Marcas.
Objetivo
Destacar os possíveis medos encontrados em dependentes químicos e seus familiares. Refletir sobre o tema
medo buscando alternativas para superá-los. Motivar os participantes compartilharem medos pessoais com 
os demais e a descobrirem formas para superá-los como ajuda para melhorar o estilo e a qualidade de vida.
Material
➢ Este roteiro
➢ Folhas de A4 (sulfites), tirinhas de papel, canetas ou lápis
➢ Caixa de sapato
Roteiro
O que é o medo? Segundo o dicionário Michaelis online, medo1 é “estado psíquico provocado pela 
consciência do perigo, real ou apenas imaginário, ou por ameaça”. “Receio de ofensividade irracional; 
temor”. “Receio de ofender, de causar mal ou de que ocorra algo desagradável”. Observando o conceito 
segundo este dicionário, podemos perceber que todas as pessoas (têm),ou sente medo, medo é algo natural, que 
acompanha o ser humano por toda a sua vida. No processo do amadurecimento humano, alguns medos vão 
sendo superados, e isso ocorre na medida em que a vida vai passando e na medida em que a pessoa vai
adquirindo experiências.

: “O medo é o sentimento conhecido de 
toda criatura viva. Os seres humanos compartilham essa experiência com os animais. Os estudiosos do 
comportamento animal descrevem de modo altamente detalhado o rico repertório de reações dos animais à 
presença imediata de uma ameaça que ponha em risco suas vidas – que todos, como no caso dos seres 
humanos ao enfrentar uma ameaça, oscilam entre as alternativas da fuga e da agressão”.
O medo leva as pessoas a ficarem na defensiva, e isso as favorece terem uma credibilidade à
ameaças emergentes, das quais surgidas ou prestes a surgir. O medo faz parte de todos os processos da vida, 
nas escolhas, nos projetos futuros, na inicialização amorosa, na compra de um carro, enfim, em todas as 
situações o medo está presente, fazendo parte da história da sociedade humana.

2 Medo Líquido. 
Podemos nos perguntar, “do que as pessoas têm medo”? E a resposta surge automaticamente. 
Temos medo de perder o emprego, medo da violência urbana, do terrorismo, medo de ficar sem o amor do 
parceiro, da exclusão, dentre tantos outros. As consequências e os resultados por se ter medo pode ser muitos, 
tais como clausura, isolamento, baixa autoestima, depressão etc. A procura pela compensação deste sintoma 
leva a pessoa refugiar-se dentro de shopping centers, dirigir carros blindados, viver em condomínios 
fechados, ou qualquer outro ato de fuga, até mesmo parar atrás das grades. O medo é uma das marcas do 
nosso tempo.
Trabalhando o tema
Caro facilitador, após compartilhar este breve texto sobre medo, entregue a cada participante uma 
folha de A4 (sulfite), fornecendo caneta ou lápis, e peça para cada participante, dependentes químicos e 
familiares, escreverem na folha, sem ordem de mais ou menos importante, relacionando quais são os seus 
medos pessoais.
Nesse primeiro momento, procure não tocar no assunto da dependência química ou da
codependência. Mas claro, de forma mais amena, aos poucos, de maneira branda, introduza-os com cuidado, 
aproveitando o quer for sendo compartilhado, estimulando-os perceber a relação desses medos com as 
questões da dependência e da codependência.
Ofereça tempo suficiente para terminarem esta tarefa (5 à 10 minutos). Se alguém sentir no coração 
o desejo de compartilhar, dê liberdade para que isso aconteça. Você como facilitador deve conduzir este 
processo dando a oportunidade para todos que queiram falar. É importante você ficar atento, pode ser que
algum participante do grupo compartilhe um medo pessoal, mas sem assumir este medo como um problema
em si. Lembre-se dessas regras: “ninguém é obrigado falar”; “procure falar de si”; “sigilo”, e “ouvir”. E você 
como facilitador, pode e deve participar da dinâmica escrevendo seus medos pessoais também.
Num segundo momento, peça aos participantes para anotarem seus medos em tirinhas de papel, 
que previamente devem ser preparadas para a dinâmica. Oriente que tanto os dependentes químicos como os 
familiares não precisam identificar seus nomes nas tirinhas de papel.
Você facilitador, prepare-se e já traga em mãos uma lista previamente preenchida de casa com os 
possíveis medos dos dependentes, por exemplo: Medo da recaída, medo de manusear dinheiro, medo da 
solidão, rejeição... e etc. Cite-os, como exemplo, para incentivá-los compartilhar e, assim, ficar mais fácil 
para eles falarem. Da mesma forma, tenha em mãos (anotado), os medos dos familiares, por exemplo: Medo 
de envelhecer, medo da morte (overdose), recaída do parente, prisão... e etc.
Coloque as tirinhas de papel com os medos escritos dentro de uma caixa de sapato que ficará no 
centro do círculo. Este será o momento mais importante da reunião, o do diálogo e o da troca de experiências. 
Com a caixa de sapatos em mãos, você poderá conduzir a reunião da seguinte forma:
Retire uma tirinha por vez, compartilhe o que está escrito (medo), peça para o grupo conversar 
sobre aquela palavra. Se o “dono do medo” quiser manifestar-se, passe a palavra para ele, deixe-o falar,
colocar para fora o seu sentimento, isso é muito importante.
De forma organizada, cada pessoa poderá falar, abrir o coração e compartilhar suas questões 
relacionadas àquele medo escrito na tira de papel. Importante observar que este momento do compartilhar
 

experiências e a convivência entre os pares (mútua ajuda), está intimamente fundamentado/consolidado, e é 
próprio do modelo e características de Grupos de Apoio
Conforme o tempo, retire quantas tirinhas forem necessárias, conduza este momento conforme o 
horário do grupo, e motive os participantes a falarem, interagirem-se uns com os outros.
Após a conclusão deste momento, pergunte aos participantes o que a Bíblia tem para falar sobre 
medo? Pergunte se a Bíblia trabalha as questões do medo? Pergunte se alguém no grupo sabe algum versículo
sobre medo? Dê oportunidade para quem quiser compartilhar.
SUGESTÕES DE TEXTOS BÍBLICOS SOBRE MEDO3
Depois da leitura deles, coloque todos estes medos que surgiram em oração, invista um tempo junto com os 
participantes, orando, clamando e pedindo a direção de Deus, ajudando-os nestas situações específicas 
comentadas.
“Mas Jesus disse a eles: Por que estais com tanto medo, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu 
os ventos e o mar, e houve plena calmaria” (Mateus 8.26).
“Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo clamou, dizendo: Senhor; salva-
me” (Mateus 14.30).
“Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi 
crucificado” (Mateus 28.5).
“No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem 
tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1 João 4.18).
“A mulher que está dando à luz sofre dores e tem medo, porque chegou a sua hora; mas, quando o bebê 
nasce, ela já não mais se lembra da angústia, por causa da alegria de ter vindo ao mundo seu filho” (João 
16.21).
“Depois disto, José de Arimateia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a 
Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o corpo de Jesus” 
(João 19.38).
“E o profeta acalmou-o dizendo: “Não tenhas medo! Porquanto são mais numerosos os que estão conosco 
que os que estão com eles” (2 Reis 6.16).
Texto bíblico – “Em paz me deito e logo adormeço, porque só tu, ó SENHOR, me fazes viver seguro e sem 
medo” (Salmos 4.8).

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