A solidão e o vício andam de mãos dadas para um grande número de pessoas que sofrem de transtorno do uso de substâncias. O uso de substâncias nocivas para lidar com desafios como depressão, ansiedade e trauma é chamado de distúrbios comórbidos.j
A solidão é frequentemente vista como um estado negativo da existência, embora seja necessário algum tempo sozinho para recarregar as baterias.
O elo entre solidão e vício deve ser algo que as pessoas estejam cientes durante esses tempos de incerteza.
Estar sozinho e estar solitário são caracteristicamente diferentes, com efeitos variados em nossa mente, corpo e emoções.
Além disso, estar sozinho pode ser visto como saudável, pois as pessoas podem achar que estar sozinho é uma forma de se desconectar de uma vida estressante.

É quando estamos a sós que conseguimos colocar nossos pensamentos em ordem, meditar a respeito das nossas atitudes, emoções e da nossa espiritualidade.
Como podemos enxergar o salmista em sua Solitude, meditando nos seus próprios sentimentos: “por que estás abatida ó minha alma?” (Sl 42.5). A Solitude, portanto, deve ser praticada.
- Jesus começou o seu ministério em Solitude: 40 dias no deserto (Mt 4.1-11).
- Antes de escolher seus discípulos, passou uma noite inteira em oração (Lc 6.12).
- No Getsêmani, antes do seu momento crucial, Ele mergulhou em profunda e voluntária Solitude, só Ele e o Pai (Mt 26.36s).
Jesus nos chama da solidão para solitude:
“Vinde a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados e eu os aliviarei, aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e vocês acharão descanso para a suas almas.” (Mt 11.29).
Jesus nos convida a desligar as outras vozes e sons e a nos retirarmos. Em meio a tantas vozes e agitação, jamais encontraremos o descanso que Ele pode nos dar em secreto (Mt 6.6).
O seu nome foi mudado de Jacó para Israel, que significa Príncipe de Deus que luta, representando a mudança interior que estava acontecendo no “velho Jacó” (Gn 32.22s).
Nossos medos, carências, necessidade de reconhecimento e aceitação, assim como toda a nossa natureza pecaminosa precisa ser confrontada.
A nossa fuga do silêncio e da quietude aponta para o nosso medo de ficar sozinhos, e nos impulsiona para a multidão, para o barulho e distração constante.
A Solitude nos livra da dependência excessiva da vida emocional, do sentimentalismo superficial, das relações vazias e da busca incessante de fontes de prazer instantâneo.
A fonte da nossa verdadeira alegria é Cristo (Sl 16.11), e Ele precisa de espaço no nosso interior para arrumar a Sua morada. Ele precisa de silêncio para falar ao nosso coração, precisa nos confrontar com aquilo que somos para fazer de nós algo melhor!
É quando abrimos mão da animação constante, de estar por dentro do fluxo interminável de informações das redes sociais, do entretenimento, da satisfação imediata, para interiorizar o nosso foco.
É quando eliminamos os ruídos ao nosso redor para ouvir o som do nosso coração, e ajustar as suas batidas no ritmo do coração de DEUS
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